Sim, ainda se sonha....

A Vontade de escrever é pouca e o arrastar da “caneta” confirma a pouca imaginação que se começa a sentir, a motivação é aquela que merece a vida e o desassossego é muito. Os pés começam a deixar de estar tão quietos e a agitação faz reaparecer um cansaço enorme a nível psicológico e físico.
Sim! Estou cansada. Das lamúrias e dos queixumes e das banalidades dos “ais”, que por tudo e por nada saem de uma forma fútil, não de mim mas de ti…estou cansada por ti, porque por mim eu sei que consigo tudo, pelo menos agora consigo, pelo menos acredito que sim, quero acreditar que sim…mesmo que por breves minutos eu grite e agite o Mundo ao meu redor, eu chego ao pico da minha própria crise e de repente, como se eu fosse alguma coisa estranha, eu volto a poisar os pés no chão e começo de novo a andar, andar, andar….sem parar, porque sei que o cansaço assim me deixa….a andar. Nem que muitas vezes esse andar seja em círculos ruidosos e desfocados, em forma de labirinto mas eu sei que não me quero perder, e não me perco da minha realidade e dos meus sonhos, muitas vezes são eles que regem a minha vida e porque assim tem de ser e porque assim se alimenta uma ideia que me mantém de pé..”Uma varanda como uma vista e um bacardi na mesa sem pedra de gelo, um recostar na cadeira de baloiço depois de um dia de calor…é por aí, por aí” começa e acaba o sonho e a “coisa” fica guardada no convés da memoria, á espera que eu volte para me sentar mais um pouco até que esse bacardi não se acabe e que nem a cadeira deixe de ser de baloiçar…eu volto e torno a voltar a cada recanto dos sonhos que ainda tenho para concretizar e cada um deles tem o valor que tem para cada situação, para cada dia que me levanto, para que não tenha de inventar verdades e sonhar com elas porque os sonhos já não são possíveis…

Tininha