terça-feira, abril 05, 2011

Crescer...

Quando um dia acordamos, reparamos que finalmente estamos bem mais crescidos do que aquilo que pensámos alguma vez estar. O mais engraçado é que muitas vezes nem estávamos mesmo à espera desse acordar, dessa verdade tão amadurecida, tão real. Aprendemos mais umas coisas, umas dores de cabeça e ainda aprendemos como lidar com elas, aprendemos também que a nossa nova forma de estar na vida chegou e nós nem demos por ela, porque nem a roupa deixou de nos servir, simplesmente já não nos sabe bem a forma como a sentimos no nosso corpo, talvez umas e outras mais, ou menos, discretas sejam a forma adequada de querer estar aqui. Passou a hora do choque, passou a ser a hora da verdade, tão verdade que muitas vezes doi a quem menos queremos que doa, mas sabemos que devemos de pensar que “ Ou eu ou nada” e o nada já não nos serve mais….resta-nos um “Eu”. A submissão de um calar sem ganhos é um contra ao que já todos conquistámos há muito tempo, para quê perder isso tudo na nossa idade? Não! Não sou velha! Sou uma mulher madura, crescida e que compreende o que quer e o que não quer. Não está á minha altura, temos pena, cresce…aprende que eu espero, simples, não acham? Não! Não é egoísmo, nem egocentrismo da minha parte. Não! É a mais pura forma de ser franca comigo e com todos, alguém merece isso, acredito nisso ainda. Acredito que brincar ao faz de conta, é engraçado mas tem de ser bem feito, enquanto em criança brincamos ao que queremos ser quando formos “grandes”, aos médicos e às enfermeiras, hoje “brincamos” para ver o que perdemos e o que ganhamos, quase como uma peça de teatro, quase uma cena de psicodrama. Complicado? Não! Brincamos mais para “dentro de nós”, jogamos para fora de nós, recolhemos reacções, recolhemos atitudes, mudamos as nossas e ajustamo-nos á realidade existente. Hum…acreditem que é bastante engraçado, só custa começar. Tenho um comentário de uma amiga que dizia sempre que a parte mais complicada era sempre a primeira vez, depois…tudo entrava num ritual de pensamentos e “sublimações” e pronto, fica tudo no lugar que queremos…

(Tininha)